terça-feira, 14 de setembro de 2010

.Pablo



Era por isso que estavam ali. Ainda ontem tudo parecia pequeno e sem muita intensidade. Trocaram duas ou três mensagens e agora se esfregavam, nus, como era de se esperar de dois corpos que se sentem, em pelo, pela primeira vez. Não sabiam limites. Suas peles se arrastavam, desafiando as leis físicas, os dois se penetraram alma adentro rumo a completude de um intenso efêmero. Que dom tinha Pablo... Em duas mensagens trouxe àquela mulher uma centelha de pensamento sujo. Do prazer vulgar da puta que no fundo era. Era só o que pensava agora, queria senta-lhe à face e molha-lo a barba no seu rebolar ritmado. Era um favor que faria a ele. Deixá-lo se deliciar em seu corpo lânguido e macio...

Um comentário:

Gilberto Ribeiro disse...

seria Rômulo o novo Nelson Rodrigues?

Muito bom cara!